sábado, 4 de junho de 2011

Células-Tronco na Odontologia

  A perda dentária e dos tecidos periodontais pode resultar em movimento dos dentes remanescentes, dificuldade na mastigação, fonação, desequilíbrio na musculatura e comprometimento da estética dentária e do sorriso, comprometendo a auto-estima. Atualmente existem diversas terapias para substituição dos órgãos dentários, todas elas
baseadas em técnicas não-biológicas e sujeitas a falhas.     Apesar desta condição ser uma anormalidade comum e não ameaçar a vida do paciente, esforços têm sido dirigidos para o desenvolvimento de mecanismos para a utilização de células-tronco na reposição de tecidos bucais.
   Para a bioengenharia é essencial uma tríade composta por células-tronco ou progenitoras, uma matriz que funcione como arcabouço e proteínas sinalizadoras, denominadas fatores de crescimento, como estímulo para diferenciação celular . O objetivo desta revisão de literatura foi discorrer acerca das técnicas da bioengenharia e relatar os resultados obtidos nos experimentos com células-tronco, bem como suas reais tendências na aplicação em Odontologia.


   Células-tronco adultas têm sido isoladas de vários tecidos incluindo o epitélio dentário. Uma população destas células-tronco foi identificada em tecido pulpar, tendo como importante característica a habilidade para regenerar células semelhantes às do complexo dentino-pulpar. Além disso, células semelhantes ao estroma de medula óssea têm sido obtidas em polpa de dentes decíduos humanos. Elas possuem capacidade de diferenciação em diferentes tipos de células, como osteoblastos, adipócitos, células musculares e células neurais. Utilizando polpa dentária extraída de terceiros molares humanos, detectaram a presença de células-tronco, as quais foram capazes de se transformar em odontoblastos produtores de dentina.
  Com o intuito de desenvolver métodos para a reposição de dentes humanos ausentes congenitamente ou extraídos, regeneraram coroas dentárias de ratos utilizando técnicas de engenharia tecidual. As células foram cultivadas em laboratório, colocadas em moldes com formato de dentes de rato, e implantadas no abdômen desses animais. Após doze semanas, constatou-se que os moldes haviam sido absorvidos pelo organismo e formado dentes. O passo seguinte será tentar induzir o crescimento de dentes em seu devido lugar: os arcos dentários dos ratos e, posteriormente, dos humanos.







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